sexta-feira, 6 de agosto de 2010

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Atire a primeira flor
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Quando tudo for pedra... atire a primeira flor.
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Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo.
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Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz.
Traga para a treva você primeiro a pequena lâmpada.
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Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso.
Talvez não na forma de lábios sorridentes,
mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem.
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Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca
do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.
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Quando ninguém souber coisa alguma e você souber
um pouquinho, seja o primeiro a ensinar.
Começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo.
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Quando alguém estiver angustiado, a procura nem
sabendo o que, consulte bem o que se passa.
Talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.
Dai, portanto, você deve ser o primeiro a aparecer,
o primeiro a mostrar que pode ser o único
e mais sério ainda talvez o último.
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Quando a terra estiver seca que sua mão seja a primeira a regá-la.
Quando a flor se sufocar na urze e no espinho,
que sua mão seja a primeira a separar o joio,
a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.
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Se a porta estiver fechada de você venha a primeira chave.
Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira
seja a primeira proteção e primeiro abrigo.
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Se o pão for apenas massa e não estiver cozido,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
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Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio.
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Nem por outro lado, aplauda o erro,
dentro em pouco a ovação será ensurdecedora.
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Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu.
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Sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido,
seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.
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Quando tudo for espinho atire a primeira flor,
seja o primeiro a mostrar que ha caminho de volta.
Compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica,
que o auxilio possibilita, que o entendimento reconstrói.
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Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor...
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Rosemary Sadalla
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

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A arte de ser feliz
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Acorde todas as manhãs com um sorriso.
Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.
Seja seu próprio motor de ignição.
O dia de hoje jamais voltará.
Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!
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Enumere as boas coisas que você tem na vida.
Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de
ir em frente com muita força, coragem e confiança!
Trace objetivos para cada dia.
Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez.
Seja paciente.
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Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina,
pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante
desenvolvimento pessoal e profissional,
além disso o ajuda a manter a dignidade.
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Acredite, seu valor está em você mesmo.
Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente.
Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias...
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Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você.
A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar.
Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace.
A felicidade é um perfume que você não passar nos outros
sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.
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O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida,
ter o desejo de mostraro que tem de melhor,
é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais.
Não só criam espaço feliz para os que estão ao seu redor,
como também encorajaoutras pessoas a serem mais positivas.
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O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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Nota ao Leitor
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(...) Sabemos equilibrar a circulação do sangue
para garantir a segurança do ciclo cardíaco,
mas ignoramos como libertar o coração do
cárcere de sombras em que jaz,
muitas vezes mergulhado na poça das lágrimas,
quando não seja algemado aos monstros da delinquência.
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Identificamos a neurite óptica com eliminação progressiva
dos campos visuais, e medicamo-la com a
vantegem possível, na preservação dos olhos;
entretanto, desconhecemos como arrancar
a visão às trevas do espírito.
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Ofertamos braços e pernas artificiais aos mutilados;
contudo, somos francamente incapazes
de remediar as lesões do sentimento.
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Interferimos com vasta margem de êxito
nos processos patológicos
das células nervosas, auscultando as deficiências
de vitaminas e enzimas, que ocasionam a
diminuição da taxa metabólica do cérebro;
todavia, estamos inabilitados a qualquer anulação
dos síndromes espirituais de
aflição e desespero que agravam a psicastenia e a loucura.
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Achamo-nos convictos de que a hidrocefalia congênita provém
da acumulação indébita do líquido céfalo-raquidiano,
impondo dilatação no espaço por ele mesmo
ocupado na província intracraniana; no entanto,
não percebemos a causa fundamental que a provoca.
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Ainda assim, não voltamos para confabular com aqueles
que se sintam acomodados ao desequilíbrio.
(...)
Se não sentes o frio da noite sobre o revolto
mar das provações humanas,
entorpecido na ilusão que te faz escarnecer da própria verdade,
nossa lembrança em tuas mãos traz errado endereço.
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Mas se guardas contigo o estigma do sofrimento,
indagando pela solução dos velhos problemas do ser e da dor, se percebes a nuvem que prenuncia a tormenta e o vórtice traiçoeiro das ondas em navegas, vem conosco!...
Estudemos a rota de nossa multimilenária romagem no tempo para sentirmos o calor da flama de nosso próprio espírito a palpitar imorredouro na Eternidade e, acendendo o lume da esperança, pereberemos, juntos, em exaltação de alegria,
que Deus, o Pai de Infinita Bondade,
nos traçou a divina destinação para além das estrelas.
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Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz.
- Nota ao leitor -
Uberaba, 23.07.1958
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